quarta-feira, fevereiro 16, 2005

X-Men #35 a #38


Panini Comics - Novembro, 2004


Panini Comics - Dezembro, 2004


Panini Comics - Janeiro, 2005


Panini Comics - Fevereiro, 2005

Como prometido, começa aqui a super-resenha da Maratona X do fim-de-semana. Resolvi fazer uma resenha conjunta para todos os números, porque não tenho saco para fazer uma resenha de cada revista. Mesmo porque elas não merecem.

Novos X-Men (New X-Men #143 – Ago/2003 a #148 – Dez/2003)

Roteiro: Grant Morrison
Desenhos: Chris Bachalo (#143 a #145), Phil Jimenez (#146 a #148)
Arte-final: Tim Townsend (#143 a #145), Andy Lanning (#146 a #148)
Cores: Chris Chuckry

X-Men é um mix medonho que só justifica sua existência pelos Novos X-Men, de Grant Morrison. As edições #35 e #36 trazem o final do arco Ataque ao Arma Extra, um arco de muita ação, enredo intrigante e arte competente. O final do arco não é propriamente um final, e a continuação desse arco será uma das mais interessantes reviravoltas na história recente dos X-Men.

Começa então o arco Planeta-X Após a grande revelação de que Xorn era, na verdade, Magneto, a história toma rumos muito legais. Drogadão, Magneto destrói Nova York levando o Instituto Xavier junto. O vilão recria sua Irmandade de Mutantes, agora com seus ex-alunos da classe especial, e se prepara para convencer o mundo de que será seu novo governante.

A volta de Magneto não foi, obviamente, uma surpresa, mas foi feita decentemente. O estágio atual de Planeta X não é dos momentos mais emocionantes do mundo, mesmo porque a trama com Wolverine e Jean espiralando com destino ao Sol não vai dar em nada – obviamente eles não estão em perigo de verdade, afinal são protagonistas da série – mas sem dúvida será uma leitura divertida ver como Morrison vai salvá-los. Fênix, alguém? Também estou muito curioso para saber como evolui a história depois da devastação de Nova York. Se é que foi devastada mesmo, porque a essa altura eu já fico esperando algum telepata ou ilusionista aparecer e dizer que tudo aquilo foi uma projeção mental. O fato é que essa série é uma das melhores do Universo X atual, e a única que ainda me move a gastar aqueles malditos R$6,50 por mês.
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Fabulosos X-Men (Uncanny X-Men #427 – Set/2003 a #432 – Dez/2003)

Roteiro: Chuck Austen
Desenhos: Steve Kim (#427)
Arte-final: Morales, Green e Florea (#427)
Desenhos e Arte: Sean Phillips (#428), Philip Tan (#429 a #432)
Cores: J.D. Smith (#427), Avalon Studios (#429 a #432)

Fabulosos X-Men é uma série sofrível. Chuck Austen é, provavelmente, um dos piores roteiristas da história dos quadrinhos mainstream. Sua capacidade de criar tramas completamente desinteressantes, absurdas e idiotas é sem limites. Certo, o cara foi contratado pela Marvel. Alguma coisa ele deve saber fazer. Eu concordo com isso. E até acho que sabe. Quando fica no básico – a boa e velha novelinha X-Men - Austen é aceitável. O problema é justamente que ele nunca fica no básico. Ele é pretensioso, e isso fica claro pelas suas idéias centrais, que em geral não são ruins. Mas a falta de qualidade é gritante no que trata de desenvolver e concluir a história. Outra coisa que me irrita profundamente é a superficialidade de suas personagens femininas. As mulheres, para Austen, só se interessam por sexo e romance (nessa ordem). Isso é patético, e só contribui para tornar as interações entre personagens completamente inverossímeis. Mas eu deveria falar alguma coisa das histórias que estava lendo.

Na edição #35 temos uma história isolada que mostra o Anjo indo a um hospital para testar seus poderes de cura recém-descobertos. Há momentos sentimentalóides e uma “lição” no final. Ruim.

Um novo arco chamado Draco começa em X-Men #36, e volta a lidar com a origem do Noturno. Temos Mística irreconhecível como uma ingênua senhora da sociedade alemã da década de 80. Aliás, isso é o que Austen diz, apesar de todos os cenários lembrarem a Europa medieval – incluindo uma turba enfurecida perseguindo a Mística com TOCHAS. Então tá. Como o arco ainda não fechou, vou deixar para comentar mais sobre a trama posteriormente.

No entanto é necessário frisar que a arte de Tan é muito, muito ruim, abusando das hachuras de forma quase criminosa, além de mostrar uma clara dificuldade do artista em desenhar rostos diferentes. Péssimo.
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Novos Mutantes (New Mutants #5 – Nov/2003 a #7 Jan/2004)

Roteiro: Nuzio Defillipis e Christina Weir
Desenhos: Mark A. Robinson (#5 e #6), Carlo Barbieri (#7)
Arte-final: Aaron Sowd, Wayne Faucher e Scott Elmer (#5), Pat Davidson e Scott Elmer (#6), Juan Vlasco (#7)
Cores: Ian Hannin (#5 e #6), Ian Hennin e Rob Ro (#7)

Completando esse mix temos Novos Mutantes. Essa série deveria mostrar as aventuras de um grupo de alunos do Instituto Xavier. Eu resumo meu ponto de vista com relação a essa série da seguinte forma: duvido muito que alguém vá à banca pensando “tomara que tenha chegado a X-Men porque estou doido para ler os Novos Mutantes desse mês”. Isso não acontece.

Tá, a série não é nem de perto nauseante como X-Treme X-Men e Fabulosos, mas simplesmente não funciona. A abordagem que os autores querem nos vender é: “oh, esses serão os X-Men do futuro”. Exceto que estes não são os X-Men do futuro, porque os X-Men sempre serão os mesmos, apenas mudando os nomes das equipes e suas formações. Além da premissa obviamente fraca, Novos Mutantes não funciona também pela execução. É uma série insossa, despretensiosa demais, como se os próprios autores não acreditassem que fosse durar. Bom, Novos Mutantes foi cancelado nos EUA no advento de Reload, então os autores estavam certos.

Não há muito que comentar, exceto que esse título exacerba uma coisa que me incomoda profundamente nessa tonelada de títulos mutantes por mês. Os eventos não se encaixam com os dos outros títulos. O Instituto Xavier acabou de ser destruído pelo Magneto em Novos X-Men, na edição de Novembro de 2003, e Novos Mutantes ainda não percebeu isso na sua edição de Janeiro de 2004. Pelo amor de deus! Isso só mostra total falta de planejamento e cuidado da Marvel, que com isso só vai queimando suas séries mais populares.

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