sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Wolverine #2


Panini Comics - Fevereiro, 2005

Wolverine (Wolverine #3 - Set/2003 e #4 - Out/03)

Logan continua a investigação da morte de Lucy Braddock. Ele chega a Westfall procurando pelo pai da moça e a trama envolvendo "os manos" começa a fazer algum sentido. Acabamos conhecendo um pouco mais do funcionamento da seita do Grito através da agente Cassandra Lathrop, que acaba se infiltrando no Q.G. de uma maneira pouco agradável.

A história continua na mesma toada do número anterior. Rucka nos vende um Wolverine que é um investigador incansável, embora não dos mais politicamente corretos. Veja, por exemplo, a técnica empregada no interrogatório do xerife. Se ainda não estava claro desde o início, aqui é jogado na cara o fato de que Logan está nessa por motivos pessoais, ao contrário de Cassie Lathrop. Os dois inevitavelmente vão estar lado a lado no final um tanto previsível, mas não a ponto de tornar a leitura desagradável. Apesar de mais lento do que o típico roteiro de uma historia do Wolverine, o andamento aqui é bem dosado para o clima de suspense criado pelos autores.

Em linhas gerais, essa história vem me agradando bastante, embora esteja longe de ser genial. Pelo menos dessa vez parece que os rumores estavam corretos.
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Arma X (Weapon X #15 – Jan/2004)

Roteiro: Frank Tieri
Desenhos: Georges Jeanty
Arte-final: Norm Rapmund & Don Hillsman
Cores: Tom Chu

É a minha segunda edição de Wolverine, e como vários outros leitores que jamais se interessaram por Arma X, estou perdido. Mês passado a história focava o Sr. Sinistro. Agora é a vez de Câmara, um personagem que eu mal me lembrava que existia. Aparentemente as histórias não têm qualquer ligação, e apenas na última página se conecta à trama principal de Arma X (se é que existe tal coisa).

Aqui temos Câmara deprimido por causa do namoro entre Escalpo e Arcanjo. Aparentemente Paige foi namorada do Câmara, mas os relacionamentos entre os X-Men são tão complexos e superficiais que eu não saberia dizer ao certo. O fato é que ele faz o que qualquer pessoa do sexo masculino faria se tivesse poderes mutantes aos 16 anos e estivesse com dor-de-cotovelo: vai para um boteco beber e caçar confusão. O problema é que o Câmara, que eu saiba, não tem 16 anos, embora Frank Tieri certamente tenha essa idade mental no que diz respeito a escrever sobre relacionamentos. De qualquer forma, o que acontece é que os X-Men aparecem para conter o colega que, preso, faz jus a estar na revista Arma X.

Não foi uma história particularmente ruim, embora os desenhos tenham me dado calafrios em alguns quadros. Vide Logan parecendo um segurança de boate na pág 61. O argumento extremamente exagerado se justifica no fim, embora não inteiramente. O Instituto Xavier é uma ótima escola, mas sem dúvida se beneficiaria enormemente de um departamento de psicologia.
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Mística (Mystique #11 – Abr/2004)

Roteiro: Brian K. Vaughan
Desenhos: Manuel Garcia
Arte-final: Raul Fernández
Cores: Matt Milla

Nesta edição termina A Marca do Criador. Ao encontrar o garoto mutante Spencer Brosnon, que se acreditava ter sido seqüestrado, Mística e Forge descobriram que na verdade ele era um mutante capaz de controlar mentes e nada amigável.

A premissa é simples e a execução bem feita. Mística sempre me pareceu uma personagem pouco explorada como vilã dos X-Men, e parece que encontraram uma linha bastante interessante para ela seguir na sua série mensal, embora eu esteja acompanhando há apenas 2 números. Achei legal a forma como Mística é mostrada, meio cínica e sarcástica, de forma que nunca sabemos se ela diz o que realmente pensa ou não. Esse aspecto é bem utilizado na trama quando ela está sendo atacada por Forge e tenta desesperadamente apelar para seus sentimentos.

No mundo de revistas X atuais, essa é uma das poucas que se salva, ao lado de Wolverine, os Novos X-Men, de Grant Morrison; e X-Táticos, de Peter Milligan. O resto não vale o papel em que é impresso.

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