sábado, março 19, 2005

Update - Mangás

Bom, depois de um mês sem postar nada sobre HQs (as últimas resenhas foram as do terrível fim-de-semana X), é um bom momento de dar uma recapitulada no que andei lendo. Como acertei a colaboração com o Fanboy para publicar resenhas, não devo mais postar resenhas completas por aqui (acredite, escrever essas coisas gasta um bom tempo). Vou dar uma geral no que andei lendo com breves comentários, acho que é mais interessante. Separei os posts de hoje em Mangás e Comics, só para não ficar um post gigantesco.

Bom, para começar tenho que dizer que chegou meu Ghost In The Shell 2: Man-Machine Interface. Comprei pela Amazon.com, custou o olho da cara, mas é foda, porque por aqui esses troços nunca vão ser publicados. Gosto muito da série Ghost In The Shell. O mais complexo e detalhado mundo de ficção cyberpunk que eu já vi. Aliás, chega a ser confuso, de tão complexo e detalhado. E ainda se mete a fazer reflexões filosóficas barra-pesada. Ainda não li esse mangá, mas fiquei um pouco decepcionado com o formato. Apesar da qualidade gráfica excelente, ele foi publicado pela Dark Horse em formato de mangá. "Lógico", você deve estar pensando, mas o fato é que o primeiro GITS tem a mesma qualidade gráfica e foi publicado pela mesma Dark Horse em formato americano. Beeeem mais legal, se você quer saber. Mas tudo bem. Pelo menos não é leitura inversa.

Falando em leitura inversa e mangás, estou viciado em Lobo Solitário. Quando comprei o volume 1 (que, como sempre acontece com a Panini, saiu com meses de atraso) fiquei puto com o formato do troço. Leitura inversa, papel jornal e formatinho, em vez do formato de mangá "clássico", como os da Conrad. Mas o material é tão bom, mas tão bom, que depois de alguns minutos já tinha esquecido desses detalhes. A história é excelente, as ambientações e caracterizações são perfeitas. Eu sempre gostei de ler sobre o Japão feudal, e até acompanho outros mangás de samurai, mas esse é genial mesmo. Pena que a publicação da Panini seja tão porca. Já estou terminando o volume 3 agora, e a série só melhora.

Falando em mangá de samurai, voltei a acompanhar Blade Of The Immortal. Acompanho essa série há anos, muito antes da Conrad começar a publicar por aqui, através dos encadernados gringos da Dark Horse. A partir da edição 24, a série nacional ultrapassou os encadernados gringos, e começei a comprar. É esquisito porque as edições da Dark Horse são leitura ocidental (mas não espelhada - os caras remontam os quadros e diálogos da direita para a esquerda), e os nomes de alguns personagens é ligeiramente diferente (ainda não me acostumei a chamar o Giichi de Gity - apesar do som ser o mesmo). Também tem aquela eterna confusão de nome e sobrenome japonês. Na edição nacional eles não invertem os nomes, o que soa meio estranho. Mas a diferença gritante mesmo é o papel. Na edição americana o papel decente destaca bem mais a arte, especialmente nos quadros feitos a lápis (ou pelo menos parece lápis, e o resto parece nanquim, mas posso estar falando bobagem).

Quanto à história em si, é muito boa. Depois de passar milênios desenvolvendo os personagens, Samura finalmente começa a colocar o pessoal para interagir. Manji, Giichi, Magatsu, Anotsu, Rin, Hyakurin, Makie, o fodaço vilão Shira... todos já viraram personagens que a gente conhece e se importa de verdade, por isso os combates são cada vez mais tensos e significativos. Fora que os team-ups são de arrepiar. Depois de Manji e Magatsu contra Shira (o maior combate da série na minha opinião), tivemos o clássico encontro na beira do rio, que colocou na mesma cena praticamente todos os personagens centrais da trama, com destaque para Makie, que mostrou ser a guerreira mais forte de todo o elenco de Blade. Depois veio o combate entre Giichi e Manji, que foi mais para criar um clima, porque tava na cara que eles iam acabar se unindo. E então tivemos Manji e Giichi contra Magatsu e um bando de Itto-ryu fodões. Acredito que essa série está caminhando para colocar Giichi, Manji, Magatsu e talvez até Anotsu do mesmo lado, colocando os Mugen-ryu como vilões da história. O que seria muuuuito legal. Por outro lado, Samura não gosta de deixar nada preto no branco, e os personagens têm uma série de motivações e agendas ainda meio obscuras. E Manji já deixou claro que não tem intenção nenhuma de se juntar a qualquer dos dois lados. O que deixa uma ótima sensação de que muitas surpresas ainda estão por vir. E parece que o Shira ainda vai dar trabalho, sem os dois braços e um olho, hehehehe!!!