sexta-feira, janeiro 28, 2005

Próximas resenhas

Minha pilha de quadrinhos para ler está enorme mas simplesmente não encontro tempo, graças a Rome: Total War, que vem sugando boa parte do meu tempo livre. Estou terminando de ler Fábulas: Lendas no Exílio, álbum publicado pela Devir, e devo escrever uma resenha para ele no fim-de-semana.

Das séries mensais que acompanho ainda falta ler várias de Janeiro (bendita distribuição setorizada), algumas das quais não valem nem o tempo que eu vou gastar para ler, muito menos escrever a respeito. Vou tentar escrever uma resenha de Wolverine #1, apenas pelo fator hype, e também quero comentar alguma coisa sobre Lobo Solitário #1. As demais revistas da Panini vã direto para a estante chamada "Para Nunca Ler Novamente".

Também pretendo fazer as resenhas de 100 Balas, que é uma das minhas séries favoritas atualmente, mas ainda estou 3 meses atrasado na cronologia. Vou postar uma resenha das edições #28 - #30, que é um arco fechado, e depois vejo como fazer da #31 à #33, porque eu ainda não comprei essas (R$7,90 por 32 páginas é foda...)


quarta-feira, janeiro 26, 2005

Demolidor #12


Panini Comics - Janeiro 2005

Demolidor (Daredevil #49 – Set/2003)
Roteiro: Brian Michael Bendis
Arte: Alex Maleev
Cores: Matt Hollingsworth

O penúltimo episódio do arco Barra Pesada talvez seja um dos mais marcantes da história recente do Demolidor. A edição começa tensa, com Murdock, ainda mal recuperado do confronto com Mary Tyfoid, novamente se despedindo de Milla. Ele pretende investigar a situação após a investida do Rei do Crime, que tentava ganhar tempo para se reorganizar. Milla, então sozinha no apartamento de Matt, é abordada pelo Mercenário, que pretende fazer com a moça o mesmo que fez com Elektra e Karen Page, só que agora ele quer “curtir” cada minuto. Matt retorna no momento exato, e o que se vê a partir daí é uma surra sem tamanho.

O Mercenário é um dos maiores vilões das histórias do Demolidor, atrás somente de Wilson Fisk, o Rei do Crime. Pegas entre os dois já aconteceram várias vezes, mas nada parecido com a surra que presenciamos nesta edição. O que nos leva a pensar. Qual exatamente foi o propósito de Bendis ao trazer para a trama um vilão do calibre do Mercenário apenas para ser surrado durante uma edição inteira, em que ele mal oferece resistência? Qual o impacto dessa surra na trama? Dar uma sova no Coruja é uma coisa, mas o Mercenário... para se ter uma idéia, foram necessários o Demolidor, Jessica Jones e Luke Cage para derrubar Mary Tyfoid em Demolidor #11. E eu não apostaria nela num pega com o Mercenário.

A única explicação que me ocorre é que Bendis queria escrever uma luta entre o Demolidor e o Mercenário antes de terminar sua passagem pelo título. Faltando apenas duas edições, não dava tempo de fazer muita coisa. Ao que parece, 12 páginas eram suficientes apenas para Matt descer o sarrafo, e nada mais.

Tirando esse aspecto, é fantástica a caracterização do estado psicológico de Matt. Desde que sua identidade foi exposta de vez e ele vem sendo assediado por tudo que é lado, Matt nunca está calmo. A impressão é que ele está se contendo, tenso, esperando uma válvula de escape. Ao confrontar os vilões, ele age como alguém que já não agüenta mais toda a pressão e quando estoura, é para arrebentar. A sensação de ódio profundo que Maleev e Bendis criam ao mostrar o Demolidor marcando a testa do Mercenário é poderosa. Raras vezes vi momentos tão dramáticos nos quadrinhos de super-heróis. Este é o ponto alto da edição.

Barra Pesada termina na próxima edição de Demolidor, encerrando a fase de Bendis como roteirista regular do título, que será assumido por David Mack. Espero que a última edição faça jus à sua brilhante passagem pelo Demolidor. Aguardemos.
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Justiceiro (The Punisher #36 – Jan/2004)
Roteiro: Garth Ennis
Arte: John McRea e CrimeLab Studios
Cores: Avalon Studios

Continua o arco A Confederação dos Tolos, co-estrelando os “três patetas” (Wolverine, Demolidor e Homem-Aranha). Empenhados em levar Frank Castle à justiça por... bem, por matar a torto e a direito, os três já se deram mal nesse arco. Wolverine foi partido ao meio ao ser atingido por um míssil, o Aranha ficou preso numa armadilha e o Demolidor teve seu ombro deslocado ao ser arremessado de uma janela. Enquanto enfrenta essa oposição nada desprezível, Castle mantém um personagem amnésico (que estava sendo leiloado por 5 milhões de dólares) num galpão. Ao final dessa edição ficamos sabendo quem é o tal rapaz, e os planos de Castle para ele ficam claros.

Esse arco tem um certo componente lúdico envolvido. Se ele for encarado como um "what if", ou como um "elseworld", pode até ser divertido. Seria algo como "o que aconteceria se" Demolidor, Wolverine e o Homem-Aranha fossem idiotas, descuidados e trapalhões, e se juntassem para pegar Frank Castle no auge de sua forma. Agora, dentro da cronologia normal da Marvel, esse arco é simplesmente ruim. Em qualquer arco, ter três dos personagens mais icônicos da editora trabalhando juntos seria o pesadelo de qualquer oponente. Menos do Frank Castle de Garth Ennis, pelo visto.

Eu não sou nenhum fã ardoroso dos super-heróis Marvel, nem um purista que acha que os personagens devem sempre ser tratados da mesma forma. Não se trata de dar chilique por ver Ennis espezinhar sobre meus personagens favoritos (eles não o são). É uma simples constatação de falha na continuidade. Não há como essa história caber na cronologia do Demolidor, do Wolverine ou do Homem-Aranha. Claramente o público-alvo aqui são os fãs do Justiceiro. Mais ainda, os fãs de Garth Ennis, que falam “amém” para tudo o que ele faz.

Eu aprecio o trabalho de Ennis desde seu início na Vertigo e o considero um dos mestres dos quadrinhos de horror. Sua fase na Vertigo foi primorosa. Seu trabalho na série do Justiceiro era ótimo, até que em algum momento a coisa desandou. Eu garanto, ele raramente erra a mão como neste arco. Porque aqui ele erra muito.

Ainda que levemos em conta minha sugestão de tomar essa série como um “elseworlds”, a coisa não melhora muito. Você pode até se divertir com as patetadas dos heróis, mas muito pouco existe em termos de enredo. Se considerarmos que este foi o último arco de Ennis no Justiceiro antes da passagem para o selo MAX, fica ainda mais difícil entender o propósito disso tudo. A não ser que algo muito surpreendente aconteça na última edição, o que duvido muito.

Para finalizar, é digna de nota a péssima arte de John McRea (que, pelos créditos dados ao seu estúdio, deve ter sido auxiliado por uns 30 outros artistas medíocres para terminar a edição). A arte de McRea poderia ser a versão da MAD de uma história séria. Aliás, o roteiro de Ennis também.
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Elektra (Elektra #34 – Mai/2004)
Roteiro: Robert Rodi
Arte: Steven Cummings
Arte-final: Sandu Florea
Cores: Avalon Studios

Termina o arco Febre, que apesar de não ter sido tão medonho quanto muitos afirmam, foi apenas mais do mesmo. Elektra é capturada por Bezzubenkov e começa a delirar feio, enxergando como o “deus da morte” qualquer pessoa que se aproxime dela. Na tentativa de matar o “deus”, ela acaba detonando todo mundo sem saber...

Elektra foi cancelado após a edição 35, então ainda veremos a despedida da ninja em Demolidor, mês que vem. As causas do cancelamento não são poucas, e no entanto não são facilmente enumeráveis. Mas vou opinar um pouco.

Meu palpite é que o principal problema é a unidimensionalidade da Elektra atual. A premissa da série é que Elektra foi ressuscitada, se tornou uma assassina fria, cruel e... bom, unidimensional. Não há conflitos, não há dúvidas, não há um pingo de desenvolvimento da personagem em sua própria série. É apenas uma seqüência de “missões” desconexas, num enredo que se assemelha muito a o de um videogame de pancadaria. Nesses moldes, não há personagem que consiga carregar uma série nas costas.

O fato é que Elektra é um personagem de segundo escalão, originalmente uma coadjuvante, que não tem uma galeria de vilões ou aliados. Junte a isso uma trama inexistente, sem qualquer importância em termos de cronologia (é sempre mais um trabalho, levando a outro trabalho, levando a...) e dispa a personagem de toda a sua complexa personalidade. Parabéns, você criou mais um fiasco editorial. Assim foi Elektra, que para os padrões americanos, até que durou muito. A série manteve um padrão no mínimo regular em termos de arte e os roteiros de Bob Rodi, que acabou como roteirista fixo do título, proporcionaram bons momentos de ação, mas nada que chegasse perto do potencial da personagem.

Elektra foi criada por Frank Miller e só ele a conhece por inteiro. Ele foi o único autor capaz de fazer dela uma personagem digna de nota. Para todos os outros roteiristas, ela é apenas uma máquina de matar, com um mínimo de personalidade. Miller e os fãs que a conhecerem através da sua arte sabem que ela é muito mais que isso.


terça-feira, janeiro 25, 2005

Marvel MAX #17



Panini Comics - Janeiro 2005

Marvel MAX é considerada por uns o melhor mix da Panini atualmente. Eu concordo, mas por W.O. Os outros mixes são tão ruins que fica fácil...

Poder Supremo (Supreme Power #12 – Out/2004)
Roteiro: J. Michael Straczynski
Desenhos: Gary Frank
Cores: Chris Sotomayor

Chega ao fim o primeiro “arco” de Poder Supremo (se é que se pode chamar de “arco” 12 edições que terminam com um “continua...”), série mais que aclamada por público e crítica, embora eu não entenda muito bem o porquê. Contada em forma de quatro histórias paralelas num curioso recurso argumentativo, a história deixa a já conhecida sensação de que “agora a coisa começa”, o que não é nenhuma novidade para quem acompanha regularmente a série. É mais do mesmo.

Em 12 edições, Straczynski trabalhou na apresentação e construção de seus personagens, especialmente Hipérion, mas não foi muito longe na criação de uma trama. A cada nova edição, novas questões são levantadas, novos personagens introduzidos, pontas soltas são mostradas, num excepcional esboço de alguma trama que simplesmente não acontece. E nossa expectativa se transporta automaticamente para a edição seguinte. Exceto neste caso, pelo fato de que não há edição seguinte, pois não há mais edições publicadas de Poder Supremo nos EUA. Supõe-se que pelo menos 6 meses se passem até que a série volte a ser publicada pela Panini, o que leva à desconfortável constatação de que terei que reler o “arco inicial” novamente quando esse momento chegar. Mas vamos à história.

Nessa edição, como eu disse, temos quatro histórias paralelas. Na primeira, Zarda (a personagem cujas medidas desmentem quem diz que a arte de Gary Frank é realista) e Hipérion se despedem, e ela sai para fazer “comprinhas”. Na segunda, o Falcão Noturno e o Borrão de Atlanta começam a investigar uma série de assassinatos em Chicago, aparentemente praticados por alguém com “poderes supremos” e que “gosta de matar” (sim, algum supervilão). Na terceira temos a dose mensal de conspiração governamental de Straczynski, assim como sua dose mensal de diálogos em que muito é dito e pouco é explicado. A última história é sem dúvida a mais interessante. Quadro após quadro há sempre o mesmo cenário: uma casinha de campo isolada, em que algo muito ruim parece tomar corpo.

Poder Supremo é o curioso caso de uma série que era muito promissora no número 1, e continua muito promissora no número 12. Isso não é um elogio. A série não consegue corresponder à perene expectativa de que algo muito legal vai acontecer. A qualidade de um bom roteirista também passa por saber quando a introdução termina e a história propriamente dita começa. Straczynski nos deu 12 edições que são a introdução do que parece ser uma boa história. Resta saber se um dia a história vai começar.
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Alias (Alias #17 – Fev/2003)
Roteiro: Brian Michael Bendis
Desenhos: Michael Gaydos
Cores: Matt Hollingsworth

Alias é mais uma série que se propõe a mostrar super-heróis de forma “realista”, mas dessa vez contando com a maestria de Brian Bendis e Michael Gaydos, o que não é pouco. A série segue o dia-a-dia de Jessica Jones, uma investigadora particular com uma característica incomum: ela é uma “ex-super-heroína”.

Nessa edição temos a segunda parte do arco Intimidade, contada em forma de um flashback. Jessica continua investigando por que Mattie Franklin, a Mulher-Aranha, invadiu seu apartamento e por que não ficou para um café. Como em geral acontece, ela acaba se envolvendo emocionalmente com a história e a coisa toma um rumo inesperado. Nesta edição fica claro o que todos já imaginavam. Jessica tem algo mais que um simples esqueleto no armário, que só agora começa a vir à tona.

Alias é minha série favorita atualmente, sem sombra de dúvida. Bendis consegue dar dimensão humana aos super-heróis de forma completamente diferente do tratamento habitual. Na maioria das historias que tratam super-heróis de forma “realista”, temos o eterno conflito de como os poderes afetam o herói e todos ao seu redor; temos a eterna questão de até que ponto vale a pena arriscar a sua vida e de seus entes queridos para salvar desconhecidos; temos todo tipo de “ser ou não ser”, muito sofrimento e lamentações. Vide a eterna lamúria dos X-Men de Chris Claremont.

Em Alias, pouco importam os poderes da heroína Jessica Jones. Na verdade conhecemos muito mais suas paranóias que suas virtudes, e é isso que faz a série funcionar mesmo sem rompantes de ação e supervilões mascarados. Jessica já resolveu boa parte de seus conflitos de super-herói, e da forma mais radical possível. Ela não quer ser um deles, e ponto final. O que a levou a essa decisão é algo que ainda será explorado na série, mas o fato é que seus conflitos são um pouco mais profundos, e encarnam a enorme riqueza de sensações e sentimentos meramente humanos.

Do ponto de vista da execução, Alias é também primorosa. A arte de Gaydos deve dar calafrios nos fãs de Jim Lee e Marc Silvestri, o que é sempre boa coisa. As ambientações de Gaydos são densas e escuras, num minimalismo que nos obriga a encarar cada personagem face a face. Não há saída: nada de músculos hipertrofiados, seios inflados ou cores berrantes para desviar nossa atenção. Apenas rostos cujas expressões mais que ilustram os diálogos de Bendis. Elas os levam um patamar acima, escancarando um mundo de emoções em cada quadro.

Outro ponto positivo de Alias é a habilidade com que Bendis utiliza personagens esquecidos nos porões da Marvel. Componentes do que poderia ser visto como o terceiro escalão da editora, o Homem-Formiga, a (terceira) Mulher-Aranha e a Madame Teia na mesma história seriam motivo de riso há alguns anos. Não aqui. Mesmo quando utiliza personagens consagrados como J.J. Jameson ou o Capitão América, Bendis consegue desconstruir o estereótipo sem destruir o mito, coisa que Garth Ennis, por exemplo, não consegue.

A riqueza de sensações, a inteligência das situações e o respeito à continuidade fazem de Alias uma das melhores séries já produzidas pela Marvel.
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Thor: Vikings (Thor: Vikings #3 – Dez/2003)
Roteiro: Garth Ennis
Desenhos: Glenn Fabry
Cores: Paul Mounts

Continua a história da horda de guerreiros vikings do séc. XI que, após serem amaldiçoados por um feiticeiro a vagarem a esmo por mil anos, chegam à Nova York atual causando uma infindável onda de destruição e morte. O Dr. Estranho (tendo Thor como mero espectador) reuniu através da história três guerreiros, descendentes do feiticeiro que amaldiçoou os vikings, para lançar o contra-ataque.

Garth Ennis já foi meu ídolo. No início dos anos 90, época em que as histórias de super-heróis estavam em franca decadência (para se ter uma idéia a Marvel estava prestes a falir e a Image era vendida como a salvação do mercado dos quadrinhos, com suas séries “originais” e artistas “talentosos”), o selo Vertigo, da DC, lançava séries inteligentes e desafiadoras com temática adulta. Superado em popularidade apenas por Sandman e Hellblazer, Preacher revelou ao mundo dos quadrinhos o talento do irlandês cuja criatividade e propensão para o grotesco não poupavam religião, moral ou bons costumes. Escrever quadrinhos de horror não é para qualquer um, e Ennis o faz com maestria. Foram também dele alguns dos arcos memoráveis de John Constatine, incluindo o clássico "Dangerous Habits" (em Hellblazer #41-46, 1991; no Brasil "Hábitos Perigosos", em Vertigo #1-3, 1995).

Na Marvel, desde que assumiu o título mensal do Justiceiro, Ennis vem mantendo sua fama com a fórmula que parece nunca envelhecer: partes do corpo separadas umas das outras e muito linguajar “adulto”. Thor: Vikings não vai tanto na direção do linguajar, mas o que mais vemos são pedaços voando.

Desde o primeiro número era fácil perceber que essa não é uma série sobre como Thor vai debelar o ataque dos vikings, mas uma série sobre como Ennis e Glenn Fabry são bons em fazer histórias ultra-violentas. Eles são os protagonistas da série, e não Thor. Não que eu tenha um problema com isso. Afinal, sou muito mais fã de Ennis que de Thor, mas algumas coisas não estão certas aqui.

O grande problema de Thor: Vikings é justamente a questão do protagonista. A história sofre daquilo que Paul O’Brien, do site The X-Axis, chama de “síndrome do protagonista intercambiável”: uma história que poderia ser estrelada por qualquer super-herói, sem a necessidade de qualquer alteração no roteiro. A série poderia muito bem se chamar Homem de Ferro: Vikings, ou Wolverine: Vikings, ou Qualquer Outro Personagem: Vikings, bastando mostrar que os poderes do herói são inúteis contra o indestrutível Jaelkesson, o Dr. Estranho vindo ao seu auxílio, reunindo um bando de guerreiros através do tempo e... bom, deu para passar a idéia.

Por razões óbvias, Thor foi o herói escolhido, mas em momento algum Ennis utiliza a figura do deus nórdico como parte do enredo. Jaelkesson reconhece Thor como o deus do trovão, mas isso não faz a menor diferença para ele, assim como não faz para Thor lutar contra aqueles que, eu diria, são o seu povo. Eu gostaria que o encontro fosse tratado de forma menos óbvia, e suas implicações exploradas mais a fundo. Mas aqui a coisa se trata de mostrar seres humanos de dentro para fora (literalmente), e não há espaço para sutilezas. Eu entendo, mas não gosto.

Ennis também é notório por seu desprezo pela caracterização fiel e respeito à continuidade dos super-heróis da Marvel. Sempre que um deles surge como coadjuvante em Justiceiro, é apenas para apanhar e ser ridicularizado. Aqui não é diferente com o deus do trovão, que acaba sendo um coadjuvante na sua própria história, tendo o Dr. Estranho como o verdadeiro herói. Não pude deixar de sorrir ao ler a passagem em que o Dr. Estranho ferve uma mistura num caldeirão, que faz com que todos os que bebam adquiram força sobre-humana. Os vikings de Jaelkesson não seriam páreo para os guerreiros daquela pequena aldeia gaulesa...

Ficamos então aguardando o desfecho da série, com a certeza de que muito sangue e vísceras ainda irão rolar. E nada mais que isso.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Esse blog tá horrível

Esse template tá um lixo, mas foi o mais legível que achei. Quando tiver um tempinho e alguma paciência eu vou tentar fazer um logo decente, em vez desse troço horrível que tá aí. Grato pela compreensão...

Primeiro post do blog

Acho que esse post é necessário, afinal não tem nada aqui e seria interessante escrever qualquer coisa só pra ver se a coisa anda. Bom, eu leio HQs há quinhentos anos, e sempre tive amigos que também curtiam quadrinhos e estavam dispostos a trocar idéias sobre o assunto. Até que a velhice e a distância foram tornando as discussões cada vez mais raras, e ler HQs sem ter com quem comentar é muito chato. Daí comecei a participar de fóruns, e acabei tendo a brilhante idéia de fazer um site com minhas resenhas de HQs. Como não tive saco nem tempo para criar um site, resolvi fazer um blog mesmo, que é horrível, dá preguiça de editar, mas tá pronto. Num fim-de-semana desses eu arrumo tempo para fazer o site. Até lá vou postando por aqui minhas resenhas. Meu objetivo não é nada pretensioso, apenas trocar idéias e opiniões. Taí, curto e grosso!